sexta-feira, 30 de maio de 2008

Resumo & Comentários do Livro Riqueza Revolucionária Capítulo 03

Livro: Riqueza Revolucionária: O Significado da Riqueza no Futuro Autores: Alvin e Heidi Toffler Editora: Futura Editado em 2007 Resumos e Comentários Feitos Por: Mauro Cesar Leite de Oliveira

Parte 1 - A Revolução

Capítulo Três: Ondas da Riqueza:

Coletâneas:
=> O Einstein Pré-Histórico
=> A riqueza, em seu sentido mais abrangente, é qualquer coisa que preencha as necessidades ou desejos. Dessa forma, um sistema de riqueza é a maneira como a riqueza é criada e ordenada, quer seja sob a forma de dinheiro, quer não.
=> O Homem Que Comeu A Si Mesmo
=> Durante séculos, a agricultura foi a forma mais avançada de produção de alimentos, provando ser muito mais produtiva do que a caça e a coleta de alimentos fornecidos pela natureza. Segundo nos conta o historiador Lynn White, “por volta de 1.100 d.c., o arado pesado, os campos abertos, a nova integração de atividades de agricultura e pastoreio, a adoção do sistema rotativo de áreas de plantio, o surgimento dos modernos arreios de cavalo, ferraduras e balancins, combinaram-se formando um sistema complexo de exploração agrária”. White cita uma “zona de grande prosperidade agrícola que se estendia pelo norte da Europa – do Atlântico até o rio Dnieper”.
=> A Primeira Onda de riqueza trouxe consigo uma divisão do trabalho mais ampla, daí a necessidade de surgirem também novas formas de comércio e escambo, compras e vendas. Ainda assim, a fome e uma pobreza extrema permaneciam como regra principal da sociedade. Segundo o historiador Teófilo Ruiz, por volta do ano 1.300 a fome assolava partes da Europa em ciclos que se repetiam a cada três ou cinco anos. Nas palavras de Piero Camporesi, da Universidade de Bolonha, “a fome era um aspecto estrutural da realidade até o século 17”. De acordo com o historiador Richard S. Dunn: “Por causa da fome, Hamburgo perdeu um quarto de sua população em 1.565, Veneza perdeu um terço entre 1.575 e 1.577 e Nápoles quase a metade, em 1.656”.
=> Além da Fantasia
=> O sistema de riqueza da Segunda Onda que aflorou com essas novas idéias acabou por trazes consigo fábricas, urbanização e o secularismo. Esse novo sistema combinava a energia gerada pelos combustíveis fósseis e as tecnologias de força bruta que requeriam trabalho mec6anico e braçal repetitivos, dando origem à produção, à educação e à cultura em massa.
=> Construídas sobre os princípios e pilares da padronização, especialização, sincronismo, concentração, centralização e maximização da produção em escala, as economias industriais assumiram várias formas: desde o capitalismo anglo-americano até o comunismo stalinista, passando pelo “caminho da moderação” adotado pela Suécia até a variante hierárquica e altamente burocrática do Japão, bem como a variante dessa variante que impera na Coréia. Tudo inteiramente focado na produção em seus estágios iniciais e no consumo posterior.
=> A Onda de Riqueza Atual
=> Enquanto a Segunda Onda de riqueza trouxe a massificação, a Terceira Onda “desmassifica” a produção, os mercados e a sociedade. Da mesma forma, enquanto as sociedades da Segunda Onda adotaram células familiares menores que substituíram as antigas famílias expandidas e numerosas das sociedades agrárias da Primeira Onda, a sociedade da Terceira Onda reconhece e aceita uma diversidade muito maior de modelos familiares.
=> À medida que cada onda de riqueza ganhava força entre nós, elas se moviam desuniformemente pelo mundo, de maneira que hoje em dia em países como a China, Brasil e Índia podemos encontrar as três ondas sobrepondo-se umas às outras e movendo-se ao mesmo tempo: caçadores morrendo enquanto agricultores da Primeira Onda assumem a terra; agricultores mudando-se para as cidades para trabalhar em fábricas da Segunda Onda; cibercafés e novos softwares emergindo conforme a terceira Onda se torna uma realidade.
=> Nenhum sistema de riqueza pode se auto-sustentar sem uma sociedade e cultura que o hospede e abrigue. E essa própria sociedade hospedeira e a cultura em si são abaladas quando um ou mais sistemas de riqueza colidem.
=> Três Vidas, Três Mundos
=> É evidente que, da mesma forma que a industrialização gerou mais riquezas e maiores superávits de produção por habitante do que a economia agrária jamais seria capaz de gerar, a Terceira Onda de riqueza que emerge na sociedade atual também promete fazer a riqueza produzida por todos os sistemas anteriores parecer mínima e insignificante. Essa nova onda poderá aumentar não apenas a riqueza financeira e monetária, mas também a riqueza humana, aquela que criamos para nós mesmos e para todos os que amamos.

Comentários do Mauro
=> Acredito que um dos pontos mais interessantes focados nesse capítulo foi o destaque dado ao fato da possibilidade de existência de várias Ondas de Riqueza dentro de uma única sociedade num mesmo momento.... exemplificando com o Brasil.... Quais são os riscos e as potencialidades que isso nos trás?
=> Nós reclamamos demais da nossa condição atual, mas se virmos com bons olhos, o quanto o mundo prosperou em 100 anos? Foi algo absurdo de positivo.... sem esquecermos-nos das maleficências também, é claro.
=> Acredito que o grande fator de análise a ser feito não deve levar em conta somente os resultados em si, mas os resultados que nós obtemos com a capacidade produtiva que temos. Nessa visão, certamente estamos muito deficientes, pois temos condições tecnológicas e conjunturais para acabarmos com muitos dos grandes males do mundo, como a fome, a miséria e a poluição.... o diferencial está cada vez mais nas interações humanas e nos fatores culturais.... Será que estamos preparados para lidar com isso? E como gestores de empresas, conseguimos trabalhar bem essas situações?
=> “a Terceira Onda de riqueza que emerge na sociedade atual também promete fazer a riqueza produzida por todos os sistemas anteriores parecer mínima e insignificante”.... Como podemos nos preparar para isso? Como no Espaço Empresarial nós podemos atuar para apoiar os nossos membros?

Abraços

Mauro Cesar
Mauro.oliveira@vilelaleite.com.br

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